sexta-feira, 12 de março de 2010

Reencontrando a Alegria!!


"O ETERNO ATO DE SEMPRE IR"

Vamos ao Festival de Curitiba neste ano de 2010. Depois de dirigir algumas peças, encontro nessa direção a alegria e despretensão da criação artística. Consegui por em pratica ensinamento que recebi de Almary Alvarez: dedicação, generosidade, gentileza. Coisas que me dão prazer e convicção da qualidade artística fruto do trabalho feito sem qualquer nóia ou "melindres". Uma pareceria importante que na Trívio Cia. de Teatro vem dando certo, construímos um espetáculo vigoroso, gostoso e mais que isso; alegre!!
Agradeço a Josy Rouse e Ivy Donato pela enorme capacidade de transformar as indicações da direção em pura arte. São esses encontros que faz a vida valer à pena. Espero que o Festival de Curitiba possa nos dar frutos merecidos depois de um ano e meio de trabalho!!

Agradeço a Ana Cristina Ramos pela generosidade de sempre e por sua enorme colaboração na identidade visual do espetáculo!!

Esse espetáculo que tem um texto muito desafiador para qualquer diretor e para um diretor em início de carreira é um gosto poder alcançar um resultado de alto nível, pois o grau de dificuldade é grande. Ao invés de cortar o texto, para tirar de mim a responsabilidade de trabalhar mais, pesquisar mais, me entregar mais... Mantive cada fala em respeito à brilhante autora Alissandra Rocha.


Inspirado em Chaplin, não poderíamos fazer por menos.
Guiado pelos preceitos de Amaury Alvarez, não poderia deixar por menos!

Dedico esse trabalho ao meu filho João Pedro, o amor que transborda e transforma!

Sejam bem vindos ao "o eterno ato de Sempre ir".

quarta-feira, 10 de março de 2010

bRANQUINHA







ELA É BRANCA, ELA É DE NEVE!

A PELE BRANCA, O CORPO EM CURVAS;
NO ROSTO MAÇÃS, NA BOCA UVAS;
NOS OLHOS ESTRELAS, NO PEITO FOGO;
NOS PELOS ARREPIOS;
NA NUCA, DESCANSO;
NO CHEIRO ENCANTO;
NA LÍNGUA,GOSTO E BANHO;
NOS DENTES, FOME E SANGUE;
NAS COSTAS ARRANHÕES;
NOS LÁBIOS, VONTADE;
NO CORPO, VERDADE, MALDADE, ENCAICHE, ENCONTRO, ERUPÇÃO!

segunda-feira, 8 de março de 2010

M de Mulher!!


M de Mulher,
M de Mãe
M de Maria...,

O Teu nome principia na palMa da Minha Mão,
Me perdoe por não te enviar flores no dia de hoje,
É que prefiro entrgá-las pessoalmente e ver os teus olhos brilharem, teu coração dispirar e tua respiração se reativar!

Mandar não é comigo,
Mandar é coisa de quem tem medo da recusa ou vergonha de andar com flores nas Mãos. Medo de ser ridículo,
Por você Mulher serei sempre ridículo,

Você é a Mulher.
a Melhor Mulher!

Hoje é dia da Mulher
e você é Minha Mulher de todo dia!

Parabéns!!

sexta-feira, 5 de março de 2010

" aprendi a ficar quieto e começar tudo de novo"


Escrever, descrever, reescrever. Quantas segundas chances temos?
Escrevo, descrevo, reescrevo.
Enquanto houver respiração e batidas de coração, enquanto houver pão, carne e amor continuarei escrevendo, descrevendo e reescrevendo.
Reescrever, nem sempre quer dizer consertar, as coisas escritas nos dias de hoje não tem como consertar. A moral é implacável. "uma vez flamengo, flamengo até morrer", um bêbado sempre será um bêbado, mesmo que fique 30 anos sem beber, um ladrão sempre ladrão, um merda sempre um merda...

Mas ainda assim acredito no reescrever, no fazer melhor, e devo e encontro meus iguais que tomam os erros como lição, como motor dos novos dias e buscam errar menos, magoar menos, maltratar mesmo, amar mais, chorar mais, brincar mais antes que o sangue fique de barata e o coração de pedra...

Não sei por onde recomeçar, mas assim como os gatos morremos uma única vez, ou sete. prefiro morrer sete, que fique registrado! Prefiro morrer sete, morrer sete vezes é viver sete vezes e viver sete vezes é o maior dos prêmios.

Precisamos morrer mais vezes para viver mais vezes todas as vezes possíveis. hoje eu morri um vez, quer dizer que comecei a viver de novo!!

eu tô vivo!
eu tô vivo!
eu tô vivo!
eu tô vivo!
eu tô vivo!
eu tô vivo!
eu tô vivo!

A CENA DO BEIJO


(Um casal em algum lugar da galáxia)

Mulher - Acontece que estou jogada às traças.

Homem - Às traças?

Mulher - É. Todo mundo beija e eu fico a ver navios.

Homem - Não seja por isso. (tenta beijá-la).

Mulher - A pressa é inimiga da perfeição.

Homem - Ora! Não me leve a mal. É que ti vi assim tão “frágilzinha” que não resisti.

Mulher - O apressado come cru. Eu não saiu por aí beijando assim, de supetão! E de mais a mais você chegou de mãos abanando. Assim eu fico tímida.

Homem - Mas eu não sabia. Pensei que um presente pudesse lhe ofender.

Mulher - Ofender? Isso é papo de pé rapado.

Homem - Pé rapado?

Mulher - Quem mal começa, mal acaba. (silêncio). Vai ficar aí pensando na morte da bezerra? Tome uma atitude.

Homem - (tenta beija-la. Ela se esquiva). Agora eu nao entendi Patavinas. O que queres de mim?

Mulher - Depende. O que tens pra me dar?

Homem - Eu? Ai de mim. Sou um homem sem eira nem beira.

Mulher - Tá vendo? E eu aqui caindo no conto do vigário. E se eu tivesse dado o beijo? ... seguro morreu de velho!

Homem - Você é dessas então? Uma santinha do pau ôco? Me seduziu e agora joga na rua da amargura.

Mulher - O que? ... repita! O que? Acha que beijo quelquer um? Se beijo qualquer um, caio na boca do povo.

Homem - Ah é? Então fique aí com seus beijos. (saindo).

Mulher - Já desistiu? onde você vai?

Homem - Vou pra onde o judas perdeu as botas. (sai).

Mulher -vai pra casa do capéu!

(fim)