
(Um casal em algum lugar da galáxia)
Mulher - Acontece que estou jogada às traças.
Homem - Às traças?
Mulher - É. Todo mundo beija e eu fico a ver navios.
Homem - Não seja por isso. (tenta beijá-la).
Mulher - A pressa é inimiga da perfeição.
Homem - Ora! Não me leve a mal. É que ti vi assim tão “frágilzinha” que não resisti.
Mulher - O apressado come cru. Eu não saiu por aí beijando assim, de supetão! E de mais a mais você chegou de mãos abanando. Assim eu fico tímida.
Homem - Mas eu não sabia. Pensei que um presente pudesse lhe ofender.
Mulher - Ofender? Isso é papo de pé rapado.
Homem - Pé rapado?
Mulher - Quem mal começa, mal acaba. (silêncio). Vai ficar aí pensando na morte da bezerra? Tome uma atitude.
Homem - (tenta beija-la. Ela se esquiva). Agora eu nao entendi Patavinas. O que queres de mim?
Mulher - Depende. O que tens pra me dar?
Homem - Eu? Ai de mim. Sou um homem sem eira nem beira.
Mulher - Tá vendo? E eu aqui caindo no conto do vigário. E se eu tivesse dado o beijo? ... seguro morreu de velho!
Homem - Você é dessas então? Uma santinha do pau ôco? Me seduziu e agora joga na rua da amargura.
Mulher - O que? ... repita! O que? Acha que beijo quelquer um? Se beijo qualquer um, caio na boca do povo.
Homem - Ah é? Então fique aí com seus beijos. (saindo).
Mulher - Já desistiu? onde você vai?
Homem - Vou pra onde o judas perdeu as botas. (sai).
Mulher -vai pra casa do capéu!
(fim)
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